De modo geral, podemos resumir a história do Bull Terrier a partir das ações de James Hinks. James Hinks, o pai da Raça Bull Terrier, fez vários cruzamentos para criar uma raça mais ágil agressiva e que sentisse pouca dor para combater os touros em arenas na Inglaterra. Este esporte teve auge na época, e hoje obviamente, é proibido.
É difícil dizer que um cão criado para combater grandes animais agora é dócil. A verdade é que um Bull Terrier ama seus donos como ninguém. Mas sempre teremos que tomar cuidado com o Bull em relação a outros animais!
Para você que quer se aprofundar mais na história da raça, disponibilizamos abaixo um texto completo e inspirador sobre estes cães que datam desde o ano 1860.
O Bull Terrier inglês é uma raça cuja origem está atrelada aos combates de cães na Inglaterra no século XIX —
apesar de não ter sido desenvolvido ou utilizado em larga escala para este fim — sendo derivado de um tipo de cão, agora extinto,
de nome muito similar, o bull-and-terrier.
No século XIX na Inglaterra os antigos buldogues eram utilizados em combates contra touros, uma prática chamada bull-baiting. Uma vez implementada a lei que proibia as lutas de animais em 1835, popularizaram-se mais, clandestinamente, os combates de cães com ratos (rat-baiting), com texugos, e lutas apenas entre cães, os "esportes" mais fáceis de esconder. De acordo com a Sporting Magazine de Junho de 1812, um autor relata, tomando como exemplo um cão famoso chamado Dustman, que a mescla de buldogue com terrier era perfeita para o badger-baiting (um desporto sangrento que usava um texugo como isca para cães), já que este cão era mais firme que um terrier e menos poderoso que um buldogue, permitindo um combate mais duradouro com o texugo. Por este e outros motivos, os mais aficionados por estes "esportes" começaram a cruzar buldogues com terriers com cada vez mais frequência, e este tipo de cão tornou-se popular, atuando também em outros esportes sangrentos, inclusive no c ombate com ursos (bear-baiting), e combates de cães contra cães. Sob o nome de bull-and-terrier (buldogue + terrier), surgiram os primeiros exemplares do tipo de cão que posteriormente iria servir como base na formação de todas as raças do chamado grupo terriers de tipo bull — incluindo: StaffBull, Pit Bull e AmStaff — dentre elas o bull terrier inglês, que teve bastante influência do atualmente extinto bull-and-terrier.
Na década de 1860 o criador e comerciante de animais James Hinks, influenciado pelo sucesso dos bull-and-terrier, idealizou sua própria vertente para classes mais ricas e cruzou um cão antigo buldogue com um english white terrier — utilizando especificamente este terrier, considerado de beleza, procurando estabelecer apenas a cor branca — e apresentou o resultado em exposições de cães, conquistando admiradores e clientes de classe média a alta. Posteriormente, Hinks passou a introduzir outras raças nos cruzamentos, provavelmente o dálmata, o whippet e o pointer espanhol, para agregar elegância, e o rough collie e o borzoi para alongar o crânio. Logo o novo tipo de cão produzido e chamado inicialmente de Hinks' bull terrier ou The White Cavalier, popularizou-se por sua aparência chamativa com a característica cabeça alongada, olhos triangulares, pelagem branca e orelhas comumente cortadas longas eretas. Pouco depois a raça ficou conhecida apenas como bull terrier. A raça serviu como um cão valente de companhia dos ingleses de classe média até o salão dos nobres.
Após o falecimento de James Hinks em 1878, sua criação de bull terrier inglês teve continuidade através do seu filho, James Hinks jr (James Hinks II).
A raça foi registrada pela primeira vez em 1887 com a fundação do The Bull Terrier Club na Inglaterra, e desde então sempre teve enorme sucesso e tradição nas exposições caninas por sua beleza exótica.